Manter um extintor de incêndio em boas condições é algo que muita gente esquece, mas ele pode fazer toda a diferença em um momento de emergência. Muita gente acha que basta comprar o equipamento e deixá-lo pendurado na parede, mas a verdade é que ele precisa passar por manutenção e recarregamento periódico para continuar funcionando corretamente.
Saber como recarregar um extintor de incêndio é essencial tanto para empresas quanto para residências, afinal, a legislação brasileira exige que o equipamento esteja sempre apto para uso. A seguir, você vai entender quando, onde e de que forma fazer a recarga, os tipos de extintores existentes e o que nunca deve ser feito nesse processo.

Conteúdo
- Quando é preciso a recarregar extintor de incêndio
- Tipos de extintores e seus agentes
- Como é feita a recarga de um extintor
- Onde fazer recarga de extintores?
- Quanto custa recarregar um extintor
- O que acontece se não recarregar o extintor
- Como identificar o prazo de validade do extintor
- Dicas para conservar o extintor por mais tempo
- Extintor vazio: pode jogar fora?
- Diferença entre recarga e manutenção
- Extintores em empresas e condomínios
- Cuidados durante o transporte do extintor
- Vale a pena recarregar extintor de incêndio ou comprar um novo?
Quando é preciso a recarregar extintor de incêndio
O prazo para a recarga de extintor depende de dois fatores principais: o tipo de extintor e o uso que ele teve. Em geral, os extintores precisam ser recarregados a cada 12 meses, mesmo que não tenham sido utilizados. Isso porque o agente extintor pode perder eficiência com o tempo.
Existem situações em que o extintor precisa ser recarregado imediatamente, como:
- Depois de qualquer uso, mesmo que tenha sido parcial
- Quando o lacre ou o selo de garantia estiver rompido
- Se o manômetro indicar pressão fora da faixa verde
- Em caso de vazamento, ferrugem ou danos visíveis no cilindro
Essas verificações devem ser feitas com frequência, especialmente em locais de grande circulação, como prédios comerciais, condomínios e indústrias.
Tipos de extintores e seus agentes
Nem todo extintor é igual, e cada um possui um agente específico para combater um tipo de incêndio. Saber identificar isso é fundamental antes da recarga, pois o produto utilizado precisa ser exatamente o mesmo que estava no equipamento originalmente.
Os principais tipos são:
Extintor de Água Pressurizada
Usado em incêndios de classe A (materiais sólidos como papel, madeira e tecidos).
Durante a recarga, o cilindro é lavado, seco e preenchido com água tratada e aditivos anticorrosivos, depois recebe o gás de pressurização.
Extintor de Pó Químico Seco (PQS)
Indicado para classes B e C, que envolvem líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos.
A recarga é feita com pó ABC ou BC, dependendo do modelo. O cilindro é limpo internamente e a quantidade de pó é medida com precisão para manter o equilíbrio da pressão.
Extintor de Gás Carbônico (CO₂)
Utilizado em equipamentos elétricos e líquidos inflamáveis.
A recarga é mais delicada, pois o CO₂ é armazenado sob alta pressão. O cilindro precisa ser testado e pesado, garantindo que a quantidade de gás esteja conforme as normas.
Extintor de Espuma Mecânica
Usado para incêndios em líquidos inflamáveis, especialmente em postos de combustível.
O processo de recarga envolve a reposição da mistura de água e líquido espumígeno, além da pressurização com ar comprimido.
Cada tipo exige cuidado específico, e a recarga só deve ser feita em empresas certificadas que utilizam equipamentos de teste e calibração adequados.
Como é feita a recarga de um extintor
A recarga segue etapas padronizadas e controladas. Apesar de parecer simples, é um procedimento técnico que exige equipamentos próprios e pessoal treinado.
O processo básico inclui:
- Inspeção inicial – o técnico analisa o estado do cilindro, etiquetas e manômetro.
- Despressurização segura – qualquer gás ou resíduo interno é liberado de forma controlada.
- Abertura e limpeza interna – remove-se completamente o agente antigo e limpa-se o interior do cilindro.
- Verificação da rosca e válvula – qualquer desgaste pode comprometer a vedação, por isso é revisado.
- Inserção do agente extintor correto – cada modelo recebe o produto apropriado na quantidade certa.
- Pressurização e teste de estanqueidade – o cilindro é pressurizado e verificado para não haver vazamentos.
- Lacre, selo e etiqueta de validade – após o teste final, o extintor recebe selo do Inmetro e novo prazo de vencimento.
Todo esse processo é documentado, garantindo que o equipamento esteja pronto para uso novamente.
Onde fazer recarga de extintores?
É importante saber que a recarga só pode ser feita por empresas credenciadas pelo Inmetro como é o caso da Hiper Fire Extintores, uma das empresas referências no assunto. Esses locais seguem as normas técnicas e utilizam substâncias certificadas, evitando riscos como explosões ou falhas na hora do uso.
Na prática, é assim que você deve proceder:
- Localize uma empresa de manutenção de extintores em sua cidade.
- Verifique se ela possui o selo do Inmetro e registro ativo.
- Solicite um orçamento com a data e tipo de extintor.
- Após a recarga, exija o certificado de garantia e o selo atualizado.
Evite recorrer a prestadores que fazem o serviço em domicílio sem estrutura adequada. O transporte e a recarga de extintores exigem normas de segurança rigorosas, principalmente quando se trata de cilindros de CO₂ sob alta pressão.
Quanto custa recarregar um extintor
O valor varia conforme o tipo e o tamanho do equipamento, mas em média, os preços ficam entre:
- Extintor de 4 kg (PQS ou água): de R$ 40 a R$ 70
- Extintor de 6 kg: de R$ 60 a R$ 90
- Extintor de CO₂ (6 kg): entre R$ 80 e R$ 120
Esses valores podem variar de acordo com a região e o tipo de agente utilizado. Em empresas com vários extintores, é comum que o serviço seja contratado em pacotes, o que costuma reduzir o custo por unidade.
O que acontece se não recarregar o extintor
Deixar o extintor vencer ou não realizar a recarga é considerado infração grave segundo as normas de segurança contra incêndio. Em caso de fiscalização, empresas podem receber multas e até ter o alvará suspenso.
Além disso, há o risco real de o extintor não funcionar no momento em que for necessário. O pó pode empedrar, o gás pode vazar e o sistema de pressão pode falhar completamente.
Portanto, o ideal é manter um controle de manutenção preventiva com planilhas ou etiquetas de acompanhamento visíveis.
Como identificar o prazo de validade do extintor
Todo extintor possui uma etiqueta com informações sobre:
- Data da última recarga
- Validade do selo do Inmetro
- Tipo do agente extintor
- Número de série do cilindro
A data de validade normalmente fica estampada próxima ao rótulo principal, e deve ser observada com atenção. Assim que o prazo expira, o equipamento deve ser encaminhado para a recarga.
Se o extintor for novo, é recomendado que o primeiro teste seja feito em até 12 meses após a compra, mesmo que não tenha sido utilizado.
Dicas para conservar o extintor por mais tempo
A recarga é essencial, mas existem cuidados simples que aumentam a durabilidade do equipamento. Entre eles:
- Evitar exposição ao sol e umidade
- Não deixar o cilindro encostado diretamente no chão
- Verificar o ponteiro do manômetro mensalmente
- Proteger o lacre e o selo de controle
- Limpar o extintor com pano seco, sem produtos químicos
Essas práticas ajudam a garantir que o extintor continue em boas condições até a próxima inspeção.
Extintor vazio: pode jogar fora?
Nunca! Extintores não devem ser descartados no lixo comum. Mesmo vazios, os cilindros precisam passar por descarte controlado, pois são feitos de materiais metálicos e contêm resíduos internos.
Empresas credenciadas pelo Inmetro também fazem o descarte e reciclagem de extintores vencidos ou danificados. Dessa forma, você evita riscos e ainda contribui para o meio ambiente.
Diferença entre recarga e manutenção
Muita gente confunde os dois termos, mas eles são etapas distintas:
- Manutenção de primeiro nível: simples inspeção visual feita pelo usuário.
- Manutenção de segundo nível: realizada em empresa credenciada, envolve testes de pressão e troca de componentes.
- Manutenção de terceiro nível (recarga): inclui abertura do cilindro, limpeza, substituição do agente e nova pressurização.
Saber identificar qual é o tipo necessário evita gastos desnecessários e garante a conformidade com as normas.
Extintores em empresas e condomínios
Locais com grande fluxo de pessoas, como condomínios, escolas e comércios, devem manter planos de vistoria e registro de manutenção. A responsabilidade é do síndico ou do responsável técnico.
É comum que a empresa especializada ofereça etiquetas personalizadas com controle de validade, o que facilita o acompanhamento. Alguns lugares também instalam painéis com cronograma de inspeção, o que ajuda na organização e na prevenção de falhas.
Cuidados durante o transporte do extintor
Outro ponto importante é o transporte. O extintor nunca deve ser colocado solto dentro de veículos. O correto é utilizar suportes ou embalagens específicas para evitar quedas e impactos que possam danificar o cilindro.
Em caso de vazamento durante o transporte, deve-se afastar o equipamento imediatamente e acionar o serviço especializado.
Vale a pena recarregar extintor de incêndio ou comprar um novo?
Em muitos casos, recarregar é mais econômico do que adquirir um novo, especialmente se o cilindro estiver em bom estado. Porém, se o corpo metálico estiver amassado, enferrujado ou com a data de fabricação muito antiga (mais de 5 anos sem teste hidrostático), a substituição é obrigatória.
Empresas especializadas fazem essa avaliação e informam se o equipamento ainda pode ser reutilizado.







